Sigla APPC

Mensagem da direção

 

No ano de 2014, o planeamento estratégico definido para os serviços da APPC, conclui o seu ciclo de 3 anos. A esta circunstância juntou-se a primeira comemoração nacional e oficial do Dia da Paralisia Cerebral e os 40 anos de existência da Associação do Porto de Paralisia Cerebral.
Também neste ano se regista o início de um novo mandato eleitoral dos Órgãos Sociais da Associação, encabeçados por Abílio Saraiva da Cunha, João Cottim Oliveira e Manuel Ferreira Marques, na Direção, Assembleia Geral e Conselho Fiscal, respetivamente.

Reporta-se por isso, neste documento e em detalhe, todas as iniciativas. Tanto as de maior, como as de menor relevância, os respetivos custos e rendimentos, com a convicção de que 2014 foi o ano da consolidação do modelo de governance da APPC, mas também da identidade comum, assumida por todos – clientes, colaboradores, voluntários e associados, da cultura e da história institucional, transmitida de viva voz por tantos que nela participaram e que  ao longo do ano foram partilhando memórias e envolvimentos, recolhidos num filme documentário. Pela relevância desta memória, em colaboração com a Faculdade de Direito do Porto, instituiu-se o Prémio Pinto Viana, para trabalhos nas áreas dos direitos das pessoas com deficiência, com particular atenção para a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Este foi igualmente o ano de estabelecer novos laços interinstitucionais - tanto com as congéneres nacionais, como com outras IPSS e entidades autárquicas. Iniciaram-se aproximações a instituições internacionais que desenvolvem trabalho comum, particularmente na área da deficiência. Todos estes laços, permitiram a aquisição interna de novas aprendizagens, outras abordagens e até repensar as formas de fazer, expressos em tantos projetos onde esteve a APPC presente. Foi por isso um ano de qualificação das pessoas, particularmente dos quadros técnicos e dos voluntários. Em 2014 aproximaram-se serviços, do ponto de vista da qualidade e dos resultados. Em muito contribuiu para isso, a certificação da qualidade dos serviços do Centro de Reabilitação, com o nível Equass- Assurance.

Dos resultados das metas propostas para este ano e para o triénio, damos conta neste documento. Mas destacamos o crescimento em número de associados, a formalização de cedência da propriedade  dos terrenos onde se encontram implantados os edifícios do Centro de Reabilitação, Casa da Maceda e o novo terreno da rua do Conde de Campo Bello, pela Câmara Municipal  do Porto. Este último destinado à construção de um novo edifício que permita albergar os serviços neste momento instalados na casa de Delfim Maia, cujas condições de habitabilidade são manifestamente inadequadas. Realçamos ainda, o aumento ao longo deste 3 anos, dos rendimentos angariados por via de prémios e projetos, bem como o decorrente da consignação individual do IRS, significando este último, que são mais os que reconhecem o valor social da missão da APPC.

A responsabilidade do reconhecimento alcançado traduziu-se ainda, no final de 2014, no estabelecimento de dois novos acordos de cooperação com o Instituto de Segurança Social IP. Estes acordos, na área da Intervenção Precoce, vêm   complementar as respostas que a APPC já possui, quer nos serviços educativos, quer no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral . Mas, acima de tudo, aumentam o compromisso da intervenção para com as crianças com deficiência, paralisia cerebral ou outra situação neurológica afim, e naturalmente as respetivas famílias. Estarmos mais envolvidos significa estarmos mais comprometidos, em permanente diálogo com as entidades que fazem parte deste programa nacional de Intervenção Precoce, quer sejam da área da saúde, da educação ou da segurança social.

A maturidade de quarenta anos, permitiu finalmente o estabelecimento de uma assinatura com reconhecimento e notoriedade institucional: Paralisia Cerebral plena de vida.

Porque essa é de facto, a nossa crença.

 

Porto, 13 de março de 2015

A direção