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Aconteceu em 2014

 

DIA NACIONAL DA PARALISIA CEREBRAL

Aconteceu no Porto, no passado dia 20 de Outubro e ocupou praças e outros espaços vitais da cidade. Foram as primeiras Comemorações Oficiais do Dia Nacional da Paralisia Cerebral, instituído por deliberação unânime da Assembleia da República a 21 de março de 2014.
Havia uma motivação forte: apresentar um conjunto diversificado de atividades durante o dia, para que o maior número de pessoas se envolvesse, fossem pessoas com paralisia cerebral, profissionais, famílias, amigos ou cidadãos anónimos.
Por isso, decorreram em simultâneo e durante toda a manhã as "Conversas na Atmosfera” envolvendo profissionais de todas as Associações de Paralisia Cerebral do país, moderadas pelos Drs. Cristina Duarte, Ignacio Martin, Alexandre Rebelo e Luis Roque, o Workshop " Não aos sentidos proibidos" orientado por Mónica Cunha no espaço HUB de Paranhos, o visionamento do documentário "IV Campus Artístico" comentado por José Carretas no Auditório de Paranhos, a Arte Plástica Urbana e a Paralisia Cerebral na Praça da Trindade com a colaboração da APCCoimbra e da Suzete Azevedo e finalmente o Labirinto Interativo no Centro de Reabilitação sob coordenação de Gustavo Alvarim. No conjunto da manhã participaram cerca de 300 pessoas.

De tarde, parámos e convidámos a parar todos os que passaram pela praça da Casa da Música. Muitos foram os que, connosco, quiseram por breves momentos manifestar um forte STOP à diferença e à indiferença.

Terminámos o dia em cheio, desta feita na Casa da Música, onde contámos como foram os 40 anos da APPC no documentário de Vitor Costa, lançámos o livro "Por acaso..." da jornalista Fátima Araújo e disfrutámos do fabuloso concerto de Mário Laginha e Camané.

No final, feito o balanço e medido o entusiasmo de todos os que participaram, acreditamos que este foi um dia bom, com experiências diferentes e muitas partilhas emocionadas. Mas, acima de tudo, foi um dia em que celebrámos as pessoas com paralisia cerebral, permitindo que tantos outros refletissem acerca desta problemática.
Nota disso mesmo tem vindo a ser enorme quantidade de mensagens de agradecimento e de felicitações que temos recebido.
Aqui deixamos a resposta a todos:
- quem agradece reconhecidamente o esforço, o interesse e a participação tão positiva de todos, somos nós!
Bem hajam! .... E até para o ano, em Coimbra.

 

DISCURSO DO PRESIDENTE DA APPC

Celebrar os 40 anos da constituição do Núcleo Regional do Norte da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, é celebrar o esforço e a iniciativa de um grupo de pais de crianças com paralisia cerebral e de profissionais, que se uniram em 1974 em torno de uma dificuldade comum: o reconhecimento de que a paralisia cerebral enquanto condição de saúde incapacitante, obrigava a criar novas práticas de intervenção, de reabilitação e de habilitação, quase inexistentes há época, em Portugal.

Celebrar estes 40 anos no Dia Nacional da Paralisia Cerebral é ainda mais gratificante, por significar que, na consciência de todos nós, os princípios contidos na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, são cada vez mais efetivos e incontornáveis.

O respeito pela dignidade, pela autonomia individual, pela liberdade de fazer as próprias escolhas e pela independência das pessoas com deficiência, deve constar das intenções diárias de cada um de nós.

Lutar contra a discriminação, em defesa da participação e inclusão plena e efetiva na sociedade, deve guiar as nossas ações. O respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade é por isso a ambição duma sociedade sábia.

Por isso a APPC, neste 40o aniversário, anuncia publicamente a criação dum Prémio destinado a destacar todos os anos, os trabalhos dos alunos de Direito no domínio dos Direitos Humanos e dos Direitos das Pessoas com Deficiência, instituído graças à parceria com a Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Agradecemos por isso à Faculdade de Direito, na pessoa do seu Diretor o Sr Professor Doutor Cândido Agra pela abertura e acolhimento deste projeto. Este prémio terá a designação de Prémio José Carlos Menezes Pinto Viana.

Agradeço igualmente a todos os que permitem a diária defesa dos direitos das pessoas com paralisia cerebral, particularmente aos que se associaram à APPC e à Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral nesta comemoração. Agradeço aos amigos que se nos juntaram vindos de todo o país.

Há um ano atrás quando fomos desafiados a organizar o primeiro dia oficial da paralisia cerebral, não sabíamos o que fazer. Mas germinou uma ideia e hoje é possível estarmos juntos nesta magnífica e emblemática sala de espetáculos por causa de tantos amigos.

Por isso e antes de mais, agradeço a presença dos pais fundadores da APPC.

Agradeço a presença de todas as entidades e seus representantes: Câmara Municipal do Porto, vice-presidente e senhores vereadores, Câmara Municipal de Gondomar, senhores vereadores,
Provedora do Cidadão com Deficiência do concelho do Porto, Provedor do Cidadão com Deficiência da Área Metropolitana do Porto, Representante do Senhor Ministro da Segurança Social, Representante do Ministério da Educação,

Presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional,
Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, Confederação Nacional das Organizações para a Deficiência,
Federação das CERCI,
Representantes dos grupos parlamentares do PS, PSD, CDU e PEV
Presidente da Junta de Campanhã,
Presidentes das Associações de Paralisia Cerebral de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Viseu, Lisboa, Almada- Seixal, Faro e Madeira,
Vice-presidente da APC de Guimarães
Representantes dos presidentes das APC de Braga e Coimbra
Presidente da Paralisia Cerebral – Associação Nacional de Desporto

Aproveito para sublinhar que das 16 associadas, estão hoje aqui presentes 13 Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.
Agradeço ainda às Universidades, nossas parceiras:
- Universidade do Porto; Universidade de Aveiro; Universidade Fernando Pessoa, Aos Centros Hospitalares do Porto, em especial ao centro hospitalar de S. João e ao hospital Fernando Pessoa

À Sta. Casa da Misericórdia do Porto e ao diretor do Centro de Reabilitação do Norte
À Fundação PT
Aos Presidentes dos Agrupamentos de escola do Porto nossos parceiros

Aos fornecedores Manvia e Gamobar que tão gentilmente aceitaram comprar bilhetes destinados às famílias
À Imoa SA que, querendo inovar, nos procurou e com quem desde então, temos estabelecido esta parceria que possibilitou tantas aprendizagens conjuntas e outros sonhos, como o livro “Por acaso..” escrito pela Fátima Araújo.

Agradeço à equipa da Casa da Música pela forma maravilhosa como nos acolheu e acolheu esta ideia de comemoração,
Aos artistas Mário Laginha e Camané que tão generosamente aceitaram o desafio de se juntarem a nós nesta celebração. 

Agradeço ao Vitor Costa e equipa, que recolheram com tanto cuidado e interesse os testemunhos de todos os que ao longo de décadas, construíram o projeto da Paralisia Cerebral no Porto.
E naturalmente, agradeço aos próprios protagonistas que, em frente às câmaras, acederam contar a sua parte desta história de 40 anos. O que viram hoje é apenas um resumo do documentário que estará concluído no final deste ano e servirá de repositório da memória de todos nós.

Agradeço finalmente à Helena e ao Pedro, porque se entusiasmaram desde sempre com a nossa missão diária... e as missões só se concretizam com os amigos.
A todos, bem-hajam pela vossa entrega e por acreditarem.

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