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Aconteceu em 2014

 

Arrancaram os trabalhos do Conselho de Representantes

O Centro de Reabilitação da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, integrado numa cultura de responsabilidade, transparência e melhoria contínua, convidou os stakeholders relevantes para se constituírem em Conselho de Representantes.

A primeira sessão de trabalho teve lugar no dia 22 de setembro, pelas 15h, e nela participaram representantes dos pais de crianças com paralisia cerebral e situações neurológicas afins, jovens e adultos com a mesma condição de saúde, representantes das equipas técnicas e das equipas de apoio. Fazem ainda parte deste Conselho, a direção clínica do centro de reabilitação, a administração regional de saúde, o centro distrital da segurança social, a direção regional de educação do norte, o centro hospitalar de Gaia/Espinho e o centro hospitalar do Porto. Apesar da manifesta vontade de participar a câmara municipal do Porto, a junta de freguesia de Campanhã e o centro hospitalar de São João, por imprevistos inadiáveis não puderam estar presentes, mas estamos certos de que irão participar nas próximas sessões de trabalho.

Esta reunião inaugural, conduzida com o intuito de partilhar com todos os intervenientes as motivações para a constituição deste Conselho, possibilitou já momentos de reflexão e discussão conjunta, em torno de questões macro, que permitem alinhar a intervenção feita neste domínio. Acreditamos que a auscultação e o envolvimento de todas as partes interessadas, numa perspetiva major, nos permitirá fazer mais e melhor.

Neste primeiro momento foi feito uma breve apresentação da APPC e assinalados os marcos históricos do Centro de Reabilitação. Uma vez apreciados os dados de gestão, numa perspetiva comparada de 2012 até ao 1º semestre de 2014 e conhecidos os resultados do programa de vigilância das crianças com 5 anos, foi altura de analisarmos:

  • Estará o Centro de Reabilitação a corresponder às necessidades dos atuais (e dos potenciais) clientes?
  • Como é que as entidades/instituições sentem a relação institucional com o Centro de Reabilitação?
  • Estaremos no caminho certo para ouvir as pessoas e para voltarmos a um trabalho de ligação estreita com as instituições/entidades?

Fruto do debate gerado a partir destas questões, concluímos que:

  • Os pais e jovens encontram neste modelo de intervenção as respostas que procuram, ainda que concordem que poderiam haver mais tratamentos e outras atividades;
  • Os adultos com paralisia cerebral e situações neurológicas afins não têm as necessidades suficientemente levantadas, à semelhança do que existe para as crianças com os dados do programa de vigilância, o que se traduz na ausência de respostas / programas / serviços que respondam concretamente às necessidades que essa faixa etária apresenta;
  • A divulgação do âmbito de intervenção do centro de reabilitação precisa de ser difundido por todas as entidades e instituições;
  • Os canais de comunicação ainda não estão firmemente estabelecidos e o diálogo entre as partes precisa de ser continuamente melhorado.

Aos pais presentes foi lançado o desafio de se envolverem na criação e arranque da comissão de clientes; os jovens presentes convidaram a direção para uma sessão presencial que permitisse identificar possibilidades de atividades a desenvolver. Ambos os desafios foram de imediato aceites, o que nos permite perspetivar um quadrimestre particularmente interessante e participado.