Esperámos 10 anos!
Finalmente a Unidade Residencial da Villa Urbana APPC, vê aquela que é a capacidade projetada e instalada no ano de 2003, quase preenchida, que é o mesmo que dizer - finalmente as camas existentes estarão quase todas ocupadas. Este tem sido um caminho difícil e tortuoso, sem que consigamos explicar claramente a razão. O projeto Villa Urbana, cuja construção resulta do anseio de tantas famílias em obter resposta residencial para as suas pessoas com paralisia cerebral, apoiado por fundos europeus e autárquicos, resultado também do esforço financeiro da APPC (à época as respostas sociais como lar residencial para pessoas com deficiência não eram elegíveis pelos fundos comunitários) e pronto a habitar desde 2003, obteve agora resposta por parte do Instituto de Segurança Social, alargando a possibilidade de atendimento para quase a totalidade da sua capacidade. Fazendo uma breve resenha histórica, referenciamos 2004 como o ano do primeiro acordo de cooperação com a Segurança Social que permitia colocar em funcionamento esta resposta social . Previa-se então, o apoio a apenas 15 pessoas com paralisia cerebral, dos 36 lugares instalados. Em Julho de 2006 faz-se a primeira revisão ao acordo inicial, possibilitando aumentar o apoio de 15 para 27 pessoas com paralisia cerebral. Por isso, foi com muito entusiasmo que, passados estes sete anos de esforço para que fossemos ouvidos, depois de diversas promessas incumpridas, apesar do absurdo e ridículo facto de termos um investimento feito - um lar residencial edificado e ainda assim vazio com tantas pessoas a necessitarem deste apoio, foi com real entusiasmo que a partir de Dezembro de 2013 e assinado novo acordo de cooperação, passamos a atender 32 pessoas, o que representa 89% da capacidade instalada. Numa conjuntura socioeconómica tão difícil para todos e mais ainda para os que possuem acrescidas limitações à autonomia e qualidade de vida, é caso para se dizer que ainda há dias bons!