Sigla APPC

Mensagem da direção

 

 

Este foi um ano de incremento da cooperação com entidades nacionais e internacionais, de reconhecimento externo da missão da APPC, de novas conquistas junto da sociedade civil e empreendedora, de prémios na cultura e no desporto para as pessoas com paralisia cerebral, de agradecimento aos nossos voluntários, de debate interno e abertura para outras formas de intervir, também nos contextos escolares.
A extensa lista de eventos fala por si mesma.

Por isso, este ano fica marcado pela solidez e maturidade da organização, fruto do esforço, envolvimento, sentido de compromisso e ambição dos seus colaboradores, clientes, famílias e voluntários.

Cumprimos a tarefa árdua de manter as respostas sociais a funcionar com regularidade, apesar da difícil conjuntura económica. Crescemos até para novos projetos, como foram a abertura de um Gabinete de Inserção Profissional Inclusivo para apoiar a procura de emprego da população com deficiência, ou a assinatura do protocolo de cooperação com a Segurança Social para que a Creche Urbanitos passe a funcionar nas regras de resposta social, com comparticipação estatal.

Em 2015, aceitámos debater o que fazemos e ouvir o que disto tinham a dizer as nossas pessoas. Por isso, especial atenção nos mereceram as Comissões de Representantes dos clientes, particularmente a Comissão de Residentes da Villa Urbana, cujo trabalho de empoderamento e de defesa de interesses e direitos, pretendemos continuar a apoiar. Desafiante e árduo se revela o trabalho da auto-determinação, mas confirmámos que se trata de um processo muito enriquecedor para todos.
Também cuidado redobrado nos mereceram os colaboradores que, através de vários encontros formais das equipas de trabalho com a Direção, partilharam a sua visão da organização, preocupações e sugestões de melhoria. Apesar de ainda estar por definir a forma da concertação entre os colaboradores e a gestão, acreditamos que importantes passos foram dados.

Esta é uma instituição reconhecida no seu caráter e na transparência da sua forma de agir. Disto nos deram nota os inúmeros parceiros que se quiseram aliar a esta missão, destacando-se novos parceiros do tecido empresarial como a EDP Gás, a Accenture ou a Liberty, mas também parceiros nos domínios sociais e culturais como sejam a Fundação Calouste Gulbenkian, a UDIPSS-PORTO, a TESE – Associação para o Desenvolvimento, e ainda do Ensino Superior onde se destacaram a Católica Porto Business School, o IES – Social Business School, o CAP - Colégio Alemão do Porto e o IPAV – Instituto Padre António Vieira.

Mas ainda não foi em 2015 que vimos resolvidas as infraestruturas do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), sito na Rua Delfim Maia, e cujas instalações têm vindo a atingir um estado progressivo de degradação - que muito nos preocupa.

As várias tentativas junto do Centro Distrital de Segurança Social do Porto e os alertas lançados junto da Câmara Municipal do Porto, para temporariamente podermos realojar este serviço, revelaram-se, até à data, infrutíferas.

A recente cedência pela Câmara Municipal do Porto de um terreno também na freguesia de Paranhos, que nos permitirá substituir a título definitivo as presentes instalações, é uma solução que muito nos agrada. Este projeto possui já estudo arquitetónico prévio, submetido e aprovado pela própria Câmara do Porto. Infelizmente, a inexistência de apoio financeiro, através de um quadro comunitário que tarda em abrir, aumenta a incerteza quanto ao futuro.
Mas a participação ativa da APPC durante este ano no diagnóstico da Frente Atlântica, que congrega os municípios do Porto, Gaia e Matosinhos para projetos comuns que possam candidatar aos fundos do próximo quadro comunitário - o Portugal 2020 -
faz-nos recuperar a esperança no lançamento do novo projeto.

Porto, 16 de fevereiro de 2016

A direção

TOPO