Uma boa alimentação pode fazer parte da solução!
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A paralisia cerebral (PC) afeta cerca de 2,4 nados vivos por cada 1000 e causa limitações na atividade, provocadas por lesões não progressivas que ocorrem no cérebro imaturo e em desenvolvimento.
A alimentação é uma das atividades mais importantes na manutenção da saúde e do bem-estar dos indivíduos, sendo uma das mais afetadas pela gravidade da lesão neurológica. Assim, uma intervenção a nível alimentar e/ou nutricional torna-se primordial para melhorar as dificuldades alimentares, o estado de saúde e o desenvolvimento de todos os que têm paralisia cerebral.
Tendo em conta que as manifestações clínicas e nutricionais são tão distintas e diversas, é essencial uma intervenção alimentar específica e individualizada. As alterações mais recorrentes em PC, a nível alimentar, são a alteração da textura/consistência dos alimentos e refeições, o aumento da densidade energética das mesmas com alimentos nutritivos e a reeducação alimentar, no sentido de promover uma alimentação saudável, variada e equilibrada tendo em conta as necessidades do indivíduo. Mediante o problema apresentado, devem seguir-se sempre as recomendações fornecidas por um nutricionista.
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Em diversos casos, a pessoa com PC encontra-se bastante dependente de terceiros para a realização das suas atividades diárias. É, por isso, importante que os cuidadores tenham em conta estas limitações e que sejam conscienciosos quanto a cuidados e atenção necessários à pessoa com PC, como por exemplo a posição durante a alimentação que deverá ter em conta a sua idade e permitir um bom controlo da postura e dos movimentos, impedindo o atirar da cabeça para trás.
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Além das restrições e alterações nos hábitos alimentares que, eventualmente, podem ser efetuadas, é fundamental que as refeições sejam administradas de forma calma, sem pressa e que o indivíduo seja posicionado de forma correta, para amenizar a angústia que se poderá apoderar do momento da refeição. Muitas vezes a intervenção alimentar/nutricional pode até não se refletir numa melhoria do índice ponderal. No entanto, tem um efeito significativo na diminuição dos problemas de saúde associados e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida.