Quem te avisa…
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Quem te avisa… Enquanto nutricionistas, estamos constantemente a dar dicas e informações sobre alimentação saudável – havendo pessoas que acabam por achar que exageramos e, até, que alguns de nós somos fundamentalistas do “saudável”...
Mas, para além da nossa formação académica e profissional, a evidência deve fundamentar as nossas recomendações. Por isso mesmo deixamos-lhe, neste artigo, alguns resultados de estudos divulgados por entidades responsáveis pela saúde (tanto a nível nacional como internacional), para que possa refletir um pouco sobre as mensagens veiculadas pela nossa classe profissional.
A Direção Geral de Saúde (DGS) partilha que “metade das causas de doença e de morte em Portugal têm relação direta com a alimentação”, podendo por isso ser evitáveis com a prática que uma alimentação equilibrada e estilo de vida saudável.
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que o excesso de peso está relacionado com mais de oito tipos de cancro. Esta entidade confirmou pesquisas feitas anteriormente segundo as quais “a ausência de excesso de gordura corporal reduz o risco de cancro cólon-retal, esófago, rim, mama (em mulheres após a menopausa), endométrio e útero”. Segundo o mesmo grupo de trabalho, há “evidências suficientes” de que pessoas magras têm menor risco de desenvolver cancro de fígado, vesícula biliar, pâncreas, ovário, tiroide, entre outros.
- A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicou um relatório no qual alerta para os valores preocupantes de excesso de peso/obesidade nas crianças e adolescentes portugueses, principalmente nas raparigas. Assim, enquanto nos restantes países da OCDE este valor se situa nos 22%, em Portugal 30,6% das adolescentes apresentam excesso de peso, valor extremamente preocupante.
- O Eurostat, organismo europeu que avalia estatisticamente vários dados existentes, revelou que o número de obesos em Portugal está acima da média europeia. Pela primeira vez existem mais mulheres obesas do que homens em Portugal. No ano de 2014, Portugal tinha 16,6% de adultos obesos – valor acima dos 15,9% da média da União Europeia – e foi verificada a tendência para um aumento do excesso de peso com a idade e a diminuição da escolaridade.
- A Unicef alertou para que “apenas uma em cada seis crianças até aos dois anos recebe nutrientes suficientes” pois não recebem alimentos em quantidade e diversidade suficientes para a sua idade, o que as deixa em risco de danos físicos e mentais irreversíveis.
Agora, que lhe demos a conhecer alguns dos factos que nos tornam tão persistentes, ainda nos acha uma classe “exagerada e extremista”? Não se esqueça que somos profissionais de saúde e que por isso trabalhamos para si e para o seu bem-estar. Sempre que precisar recorra ao Nutricionista!
Elaborado pelas estagiárias de Nutrição:
Daniela Silva e Sofia Mendes
Sob orientação da Dra Maria Antónia Campos